As pessoas, ao longo do tempo, executam uma série de mudanças que dão nova direção e significado ao rumo de suas vidas, seja no âmbito profissional, familiar, pessoal, afetivo, etc. Mudanças são inerentes à vida!
E este é um (dos vários) lados bons da vida! Cada dia pode ser um (re)começo, uma (re)construção de algo que não está caminhando bem ou pelo menos não tão bem quanto se desejava.
Grande parte das pessoas sonha em chegar ao final da vida e poder, ao olhar pra trás e fazer uma retrospectiva, ter um sentimento de realização e plenitude. Poder chegar ao final da jornada e dizer pra si mesmo(a) o quanto valeu a pena.
No entanto, para começar de novo, é preciso estar atento… muito atento! Se você está se dando a oportunidade de recomeçar, uma das primeiras perguntas (senão a primeira) a se fazer é: “Onde eu quero chegar”? Além disso, questões como “O que me faz feliz”?, “Quais os meus valores”?, “Do que eu estou fugindo”?, dentre outras, podem ser úteis.
Porém, estes questionamentos só começam a fazer sentido na nossa vida quando estamos abertos o suficiente para reconhecer e detectar uma insatisfação. Quando saímos da zona de conforto e encaramos o “monstro” de frente. Ai, que medo! É bem nessa hora que muitos não vão adiante, recuam diante do que enxergam. Afinal, ao olharmos para o que não vai bem, muitas vezes percebemos que tudo aquilo que foi deixado “debaixo do tapete” durante anos tomou uma proporção inimaginável. Até o tapete parece ter aumentado de tamanho, de tanta poeira acumulada.
Sem contar nos empecilhos que são colocados para seguir adiante… A gente se sabota de muitas e muitas formas. Uma hora a “justificativa” é que “Ainda não me sinto preparado(a)”, “Eu não consigo, é muito difícil”, “Meus pais não vão me apoiar”, “Isso não é pra mim”, “No mês que vem eu começo a cuidar disso”, etc., etc., etc. Aí, quando vai ver, já se passaram alguns meses ou mesmo anos e a gente ainda está se sabotando!
Para quem segue adiante, comentários do tipo “Como você foi corajoso(a)!” ou “Eu queria ter sua coragem!” são frequentes… Falas desse tipo transformam a coragem numa “coisa”. Numa coisa que ou você tem ou você não tem! Será que você foi sortudo de tê-la?
Mas não é bem assim que funciona. Sejamos mais realistas… É bem mais interessante e produtivo pensar na coragem como um sentimento que é construído. Um sentimento que é produto das nossas ações, daquilo que a gente faz!
Ou seja, depois de enxergar o “monstro” e decidir seguir adiante (junto com ele, sem negá-lo… apenas caminhando com ele, mas caminhando), uma série de atitudes devem ir sendo tomadas. Uma após a outra, da mais simples para a mais complexa. Esse planejamento permite que, a cada ação tomada e com um resultado bem sucedido (já que cada ação foi planejada de forma a garantir uma probabilidade grande de sucesso), a gente se sinta fortalecido(a) para a próxima ação, um pouco mais desafiadora…e assim sucessivamente. Até que, após um tempo agindo, agindo e agindo na direção do caminho que escolhemos, a coragem possa “aparecer” (sem nenhuma mágica!) e a grande virada na nossa vida possa ocorrer.
A cada amanhecer somos brindados com mais 24 horas para que novas ações sejam tomadas. Cada vez que você escuta seu despertador tocando, significa que você tem um dia pela frente repleto de oportunidades para trilhar um caminho que faça sentido para você! A cada pausa no trabalho, uma oportunidade para refletir um pouco sobre a vida que você quer e pode ter. Sempre há tempo para recomeçar… Que tal AGORA?!