Pedro é um jovem executivo de 31 anos. Mora em São Paulo. Já tem seu próprio apartamento, um carro luxuoso na garagem. Faz 3 viagens internacionais por ano. Sai pra jantar constantemente com amigos e familiares. Não gasta menos de R$ 300,00 nestas ocasiões. Tem uma namorada inteligente e bonita, e já estão planejando o casamento.
Marisa, dermatologista de 51 anos, tem o consultório lotado em Londrina. Quem olha pra ela não diz que tem nem 45 anos. Sabe usar alguns procedimentos estéticos a seu favor. Além disso, pratica atividade física com freqüência e mantém uma alimentação equilibrada. É casada, mãe de dois rapazes já concluindo a faculdade.
Henrique, cearense de 22, está quase concluindo o curso de Engenharia. Tem muitos amigos, é uma pessoa bem relacionada. Adora ler e viajar. Por onde passa chama atenção pelo carisma e solidariedade.
Os três personagens acima não sentem-se felizes. Dizem não saber qual o sentido da vida. Apesar de aparentemente terem uma vida satisfatória, relatam que se morressem amanhã, estaria tudo ok. Tanto faz como tanto fez.
Como assim?
Muitos devem conhecer histórias assim. Ou mesmo já ouviram casos semelhantes de outras pessoas, a princípio bem sucedidas e que se suicidaram. Pessoas para as quais a vida não tem graça. Pessoas que vivem a vida “empurradas” pelas circunstâncias. Que têm dificuldade de fazer escolhas. Que se envolvem em projetos profissionais e pessoais sem saber o porquê.
Para aqueles que chegam ao fim da vida, a sensação é de um vazio sem tamanho! Olham pra trás e não enxergam muita coisa da qual se orgulhar. Afinal, passaram anos à fio “cumprindo tarefas”, vencendo etapas sem sentido, mais para ficar livres, até que o próximo “desafio” aparecesse.
No mundo atual, mais dinâmico e veloz do que nunca, muitas vezes nos pegamos atordoados, mergulhados num turbilhão de informações e eventos. O despertador já tocou, você já está atrasado para o banho. O ônibus veio lotado e você não entrou nele. Se foi de carro, pegou um trânsito maior do que o de costume. No trabalho, manhã cheia de reuniões sem muito sentido, daquelas que você fica se perguntando, no meio da reunião, qual era mesmo a pauta proposta? Não deu pra almoçar, você apenas fez um lanche. Na parte da tarde você ficou fazendo relatórios que o seu colega não terminou. O chefe apareceu e cobrou resultados. Já são quase 20:00 h e você ainda não saiu do trabalho. Ao chegar em casa encontra sua filha assistindo TV, sem ter terminado toda a lição. Sua esposa reclama que você demorou e que por isso já jantaram. Você está tão cansado que nem um banho sente vontade de tomar mais, apesar disso ser o que você queria quando estava saindo do trabalho. Antes de deitar, resolve checar o e-mail pelo smartphone e vê que no dia seguinte tem uma reunião importante, marcada de última hora, para o qual você não se sente preparado. Acorda, o despertador já tocou de novo e você já apertou o botão “soneca” mais de 4 vezes. Já está atrasado de novo…
Cada um de nós tem, DIARIAMENTE, a possibilidade de determinar os rumos da nossa vida. Porém, isso só tem significado se soubermos qual a nossa missão e propósito. Se soubermos, com muita clareza, quais são os valores que guiam cada uma das nossas ações. Sem esse conhecimento, a vida passa “batido”.
Você acha que sabe, de verdade, quais são os seus valores, missão e propósito? MESMO? Até que ponto eles são OS SEUS valores, missão e propósito? Estaria você reproduzindo valores, missão e propósito incutidos por outras pessoas (pais, amigos(as), companheiros(as) etc.) mas que não fazem sentido pra você? Se este não for o caso, ou seja, se você realmente sabe quais seus valores, missão e propósito, por que sua vida não está em congruência com eles?
O que REALMENTE IMPORTA para você? Qual o sentido da SUA vida?