Hoje eu só trabalho até o meio-dia. Afinal, tem jogo do Brasil!!! A casa está pronta para receber os amigos… É, os dias de Copa no Brasil chegaram, mas não estamos aqui para falar tanto sobre a Copa. E sim para falar de algo a ela associada: a esperança. Acreditamos que grande parte de nós, brasileiros, estejamos esperançosos em relação a nossa Seleção ganhar mais um título!
Mas deixando um pouquinho a Copa de lado (só um pouquinho), o que vem a ser “esperança”?
Como qualquer outro sentimento, a esperança é um nome que foi criado pela nossa cultura para sintetizar ações concretas de um indivíduo, bem como reações corporais específicas. Vamos deixar mais claro: usamos o termo “esperança” quando acreditamos em algo ou queremos que algo ocorra. Quando falamos, por exemplo, que estamos com esperança de que o Brasil ganhe a Copa, observamos comportamentos típicos de quem deseja que isto ocorra: enfeitamos a casa, o carro, o ambiente de trabalho; torcemos pelo time ao assistir aos jogos; “secamos” o time adversário, e por aí vai… Ou seja, são todas ações de uma pessoa que diz estar com esperança. Concomitantemente, quando falamos que estamos com esperança, sentimos nosso corpo respondendo com sensações específicas, que cada pessoa descreve de um jeito: uns podem dizer que sentem uma sensação de paz dentro do peito, outros podem dizer que quando estão esperançosos sentem-se “empolgados por dentro”, etc.
Em resumo, o que é importante deixar claro é que a “esperança” é um nome que sintetiza tanto ações concretas quanto sensações corporais de um indivíduo. Isto é fundamental para lembrar, portanto, que a esperança não é algo imaterial e que surge “do nada”. Pelo contrário, geralmente utilizamos a palavra “esperança” para fazer referência a eventos que já ocorreram no passado (não necessariamente vivenciados diretamente por nós), e que agora, no presente, há a probabilidade de ocorrer novamente. Uma garota de 11 anos, por exemplo, nunca viu a seleção brasileira vencer nenhuma Copa do Mundo, mas pode ter a esperança de que isso possa acontecer agora, pois tem informações de que o Brasil já foi campeão, tem treinado para ganhar a taça, ganhou o primeiro jogo que disputou neste campeonato e etc. Portanto, esta menina, que se diz esperançosa com o time, se comportará de “n” formas que evidenciarão isso, bem como sentirá sensações no corpo que nomeará como “esperança”.
Você certamente já ouviu a máxima ” – A esperança é a última que morre”. Sim, ela é a ultima que morre pois, mesmo ainda não tendo atingido o que esperávamos, situações acontecem e nos “indicam” que aquilo que esperamos ainda pode acontecer. Vem, então, aquela sensação de que ainda podemos buscar pelo final esperado…
Outra característica da esperança, e que também explica esta sensação e desejo de continuar lutando para conquistar algo ou atingir um determinado resultado é o fato de, ao longo das nossas vidas, tais situações esperançadas serem algumas vezes atingidas e outras não. Ou seja, nem sempre temos 100% de sucesso nessas situações. Este contexto de sermos bem sucedidos apenas eventualmente (às vezes com uma frequência maior, outras com uma frequência menor) contribui para que não deixemos de sentir esperança.
Mas uma importante ressalva precisa ser feita! É fundamental lembrar que, apesar de almejarmos muito este algo esperado, esperançado, precisamos estar atentos ao ambiente que nos rodeia para aumentar as chances de que isto aconteça. Pois apenas esperar, desejar, imaginar e pensar sobre aquilo que desejamos não fará com que o fato aconteça.
Nosso poder de mudança está nas nossas AÇÕES!!! Voltando ao clima de Copa, as outras taças já conquistadas caíram do céu, sem esforço algum para as nossas seleções? Claro que não! Chegaram à partir de muito treino, muito estudo tático, muita prática, à partir de muitas ações…
Mas e quando o jogo recair sobre nós? Quando a Copa a ser disputada for o campeonato mais importante das nossas vidas? Não dá pra ser diferente, não é mesmo? Portanto, fica aqui um convite: vamos fazer o que precisar ser feito e, com isso, obter resultados positivos para então manter o sentimento de esperança “aceso” dentro da gente?
Texto escrito por Melissa Rocha (terapeuta da equipe Ghoeber Morales Terapia & Coaching) e Ghoeber Morales.