E se você pudesse trocar de profissão, com a garantia de que seria extremamente bem sucedido… O que você faria?
Muitos dos clientes que me procuraram ao longo dos últimos anos teriam, certamente, respondido que mudariam de carreira.
Optar por uma “profissão para a vida toda” é, certamente, uma das escolhas mais complicadas que já tivemos que fazer na vida.
Como você se sente quando lembra da escolha que fez?
Identificar as sensações que inundam seu corpo pode funcionar como excelente pista a respeito do seu nível de satisfação atual com sua escolha profissional.
Para muitas pessoas, o sentido da vida está intimamente ligado à ocupação por ele desempenhada. O trabalho tem um papel de destaque na vida da maioria das pessoas, visto que ele ocupa grande parte do dia de um indivíduo e muitos outros acontecimentos importantes ocorrem a partir dele. Portanto, fazer aquilo se ama tem um peso importante quando a gente avalia quão felizes nos sentimos.
Ainda é extremamente grande o número de pessoas que acabam escolhendo uma profissão em função do desejo dos pais (ou de outras pessoas significativas) e não sensíveis ao que parece realmente fazer sentido para si mesmas. Outras variáveis, tais como o mercado de trabalho, possível retorno financeiro a ser obtido e prestígio social, entre outras, entram em cena quando da tomada de decisão.
Quantas pessoas você conhece (incluindo você) que têm passado anos (ou mesmo toda uma vida) exercendo uma profissão da qual não se orgulham, não se sentem reconhecidos ou realizados?
Às vezes nos damos conta de que aquela escolha, feita aos dezessete ou vinte e poucos anos, não faz mais sentido apenas depois de mais velhos, anos e anos depois de ter exercitado bastante a profissão. “- Como não percebi isso antes?”, você pode já ter se perguntado. Há quem já soubesse disso desde o primeiro instante e, por circunstâncias da vida, foi se deixando levar…
Fato é que, para muitos, chega um momento em que não dá mais! A água entorna e o desejo de fazer algo novo e diferente emerge com força máxima. Aquela sensação de tempo perdido toma conta, impulsionando o indivíduo para novas ações. Nesses casos, muitos conseguem fazer bom uso de experiências passadas (mesmo exercendo uma profissão que não gostavam) e utilizar o aprendizado construído ao longo de anos em um novo empreendimento; novos caminhos; nova jornada profissional, porém, desta vez, com mais sentido e de fato alinhado aos próprios valores.
Ah, entendi… você acha isso meio utópico. Pensa que acontece com os outros, mas não com você. Você não chega a dar vazão a seu desejo. Não acha que ainda dá tempo. Prefere “o certo ao duvidoso”. Acaba ficando aí, exatamente onde está. E insatisfeito. Fica se lamentando e se ancorando no que você deveria ter feito lá atrás, no passado. Enquanto sua vida acontece agora, no presente, e você almeja mudanças pro futuro. Sei…
Então, só quero te lembrar de uma coisa: nada muda se você não mudar.
E tem mais. Ninguém está exigindo que você faça nada de forma abrupta. Aliás, ninguém está exigindo nada de você. Hum, é mesmo, estão sim… Mais uma vez você permitindo que os outros decidam sua vida por você!
Bom, se me permite interferir com uma dica, aqui vai: se você sente que algo não está se encaixando, não ignore o que se passa dentro de você; não ignore o que, em seu íntimo, você até já sabe, mas morre de medo de deixar escapar.
Ah, só pra terminar… volte para a primeira frase deste texto, por favor. Obrigado!
Grande abraço,
Ghoeber Morales