Ter estima por si mesmo significa, grosso modo, gostar de si mesmo. De forma geral, pessoas com autoestima elevada sentem-se confortáveis consigo mesmas, importando-se nada ou quase nada com a opinião alheia à respeito de si. Em contrapartida, aqueles com autoestima baixa comumente se importam mais com a opinião alheia a seu respeito, além do incômodo pessoal consigo mesmo.
Acreditar em si mesmo (“believe in yourself”) nos remete ao sentimento de autoconfiança, ou seja, quando nos sentimos preparados e capazes de lidar com uma determinada situação.
Acreditar em si mesmo, sentir-se capaz (de realizar algo, de lidar com as pessoas, de enfrentar as situações da vida) faz toda a diferença quando entramos numa interação. Ter tranquilidade e confiança interfere em nossas ações, aumentando a chance de executarmos comportamentos de maneiras mais apropriadas, no sentido de atingirmos nossas expectativas.
O sentimento de confiança é construído ao longo da nossa interação com o mundo e é resultado de ações bem sucedidas. Se eu tenho um histórico positivo de, por exemplo, falar em público e ser bem compreendido pelos ouvintes, provavelmente sinto-me confiante para tal. O raciocínio vale para qualquer outro exemplo que envolva sentir-se ou não seguro com alguém ou situação.
Já a expressão “Believe in your selfie” nos remete ao fato de acreditarmos ou não em nossa imagem, estarmos confiantes e felizes (ou não) com a ela. Tem a ver com o sentimento de autoestima, como dito no início do texto.
Como você se sente quando se olha no espelho?
Como você se sente quando é fotografado?
Está satisfeito com sua imagem?
Você acredita nela?
Sentir-se bem com sua imagem é, na minha opinião, fundamental para uma vida plena. Nossa imagem está exposta a todo tempo. Representa, em certa parte, nossa identidade. Somos (muitas vezes, infelizmente) julgados por ela. Portanto, estar “de bem” com ela muitas vezes nos garante harmonia e sinergia para explorarmos nosso potencial máximo.
Apesar da imagem estar comumente associada à beleza, não é disto que estou falando aqui. Até porque o bonito e o feio são julgamentos que fazemos de forma deliberada e também de forma inconsciente. Nesse sentido, apesar de as culturas imporem padrões do que seria ou não belo, estou falando de uma percepção bastante subjetiva, e atrelada ao quanto uma pessoa se sente ou não bonita, por conta do quanto ela tem ou não estima por si.
Quem não conhece alguém que, diante dos padrões de beleza da nossa cultura é considerado feio, mas que não se sente assim e portanto não se comporta sob controle destes padrões impostos?
Estas são as pessoas que “believe in their selfies”, e justamente por isso, em minha opinião, se tornam belas! Exuberantes! Incríveis!
E você, believe in your selfie?